Lao Tsé, há séculos disse: aquele que sabe que o que tem é suficiente, é rico.

Esta profunda visão da alma é atualíssima e torna-se urgente a sua vivência, principalmente pela questão sócio-ambiental.

O que a simplicidade voluntária propõe, não é uma vida de privação e pobreza, mas de desapego do excesso, para vivermos de forma mais leve, mais feliz e mais natural, pois temos nos esquecido de que somos natureza...

A corrida atrás do consumismo cansou, estressou e adoeceu o Ser.
Viver a simplicidade voluntária significa diminuição das horas de trabalho e redução dos gastos financeiros pela opção de uma vida exterior mais frugal e, em compensação, passar a ter uma vida interior mais abundante, sobrando mais tempo para a criatividade, a arte, a cultura, a espiritualidade, o lazer e, sobretudo, para estreitar laços de afeto, principalmente na convivência familiar.

Richard Foster, no livro "Celebração da Simplicidade", indica os primeiros passos para quem já se conscientizou desta necessidade e deseja mudar seus paradigmas.

- Seja mais crítico à publicidade.

- Reflita sobre suas necessidades e não aja por impulso.

- Enfatize a qualidade de vida e não a quantidade de vida.

- Pratique uma recreação saudável, feliz e livre de aparelhos.

- Aprenda a comer sensata e sensivelmente.

- Conheça a diferença entre viagens significativas e viagens desnecessárias.

- Compre coisas por sua utilidade, em vez de status.

Esta lista é muito pequena em relação ao que pode ser feito, mas mostra a necessidade de conscientização para mergulhar em novas propostas de restauração da nossa vida e do Planeta.

Diminuir voluntariamente a dependência pelos bens materiais proporciona mais força e mais poder interior, tornando-nos criaturas mais ricas, segundo Lao Tsé.


Por Maria Ida Bachega Bolçone - escritora
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